Alguns distúrbios metabólicos e genéticos, bem como distúrbios hemorrágicos e de coagulação, podem causar sintomas semelhantes à SBS. Os exames laboratoriais podem ajudar a descartar algumas dessas condições.
– Ressonância magnética de crânio
A ressonância magnética (RM) de crânio é capaz de mostrar se ocorreu alguma hemorragia e até que ponto. Geralmente, hemorragias pré-retinianas, intracranianas e sub-retinianas indicam alguma forma de trauma do sistema nervoso central (SNC), incluindo SBS.
A RM é favorável quando o diagnóstico de SBS não é claro, pois pode revelar contusões, hematomas e hemorragias, e tem demonstrado ser mais sensível no diagnóstico de SBS do que a tomografia computadorizada (TC). A RM por difusão fornece resultados ainda mais precisos, pois pode mostrar lesões parenquimatosas cerebrais que sugerem isquemia cerebral, um componente da SBS. Como a RM é difícil de realizar em uma criança instável, geralmente é realizada dois a três ou mais dias após a lesão.
– Tomografia computadorizada
Uma TC de crânio pode ajudar a detectar lesões que precisam de intervenção urgente. Também pode ser realizada uma TC de abdome para determinar se há lesões adicionais.
– Fundo de olho
Os exames oftalmológicos avaliam a hemorragia retiniana, que é um bom indicador da gravidade do trauma. A frequência de hemorragia retiniana em bebês com SBS é de 53 a 80%. Na ausência de sinais externos de abuso, as hemorragias retinianas aumentam a suspeita de SBS. As pregas retinianas e a retinosquise traumática são indicadores raros de trauma de SNC, mas particularmente ocorrem na SBS.
– TC de emissão de fóton único (SPECT)
Pode ser usada para revelar o fluxo sanguíneo cerebral e avaliar atrasos no crescimento físico e mental.
– Coloração imuno-histoquímica da proteína precursora de β-amiloide (β-amyloid precursor protein β-APP)
Importante na avaliação das lesões da SBS em nível clínico e forense. O processo detecta lesões axonais no crânio e identifica axônios imunorreativos que auxiliam no diagnóstico de SBS. Embora a coloração de H&E (Hematoxilina-Eosina) seja mais comumente usada, o β-APP é uma ótima ferramenta usada em conjunto com outros testes.