Teorias convencionais:
– A teoria hidrodinâmica considera que a cavidade siringomiélica surge devido a uma anomalia na circulação do líquido cefalorraquidiano.
– A teoria malformativa considera que existe uma fossa craniana pequena, que induz o deslocamento do cerebelo em direção ao canal vertebral, gerando um conflito hidrodinâmico, que provoca o desvio do líquido intersticial em direção à parte interna da medula espinhal, formando, assim, a cavidade siringomiélica.
– Teoria da tração medular, segundo o Filum System®:
A teoria do Dr. Miguel B. Royo Salvador considera a cavidade siringomiélica uma consequência da necrose do tecido intramedular, induzida, por sua vez, por uma isquemia provocada por uma tração medular do filum terminale tenso (o que não é possível de se detectar em exames complementares). A cavidade siringomiélica está cheia de líquido intersticial ou soro. Com a evolução da patologia, pode ocorrer uma fístula no espaço perimedular ou no conduto do epêndima, ocasionando a troca do soro intracavitário por líquido cefalorraquidiano.
– Doença do Filum:
O Dr. Royo Salvador (1992), com a sua tese de doutorado, confirmou a teoria de que várias enfermidades de causa desconhecida – como a Síndrome de Arnold Chiari I, a Siringomielia e a Escoliose idiopáticas, a Platibasia, a Invaginação Basilar, a Retroflexão do Odontóide e a Angulação do Tronco Cerebral– fazem parte de um novo conceito de patologia, a Doença do Filum, já que todas têm a mesma causa: a tração da medula espinhal e de todo o sistema nervoso.
A força de tração de todo o sistema nervoso na Doença do Filum se apresenta em todos os embriões humanos. Por isso, em maior ou menor medida, todos sofrem as suas consequências, sendo que estas se manifestam de formas e intensidades muito variadas.
Na Doença do Filum, estão envolvidas, pela sua causa, outras patologias, como as hérnias de disco vertebrais, algumas síndromes de insuficiência vascular cerebral, as síndromes de faceta articular e de Baastrup, a fibromialgia, a fadiga crônica, a enurese noturna, a incontinência urinária e as paraparesias acentuadas.
Para definir o diagnóstico, orientar o tratamento e o acompanhamento da Doença do Filum, se criou um método médico: o Filum System®.